sexta-feira, 31 de maio de 2013

Espada na linha

Por instinto combato a mim
Mostrando versos desse duelo pra você que dá atenção as minhas indecisas fases
Você que acredita apaixonadamente estar tudo bem

Claro, disfarço bem
Não pense que me coloco triste
Antes que pareça tristeza, é poesia
Um enfeitar só pra não ver nenhum cair de uma lagrima

Ao menos posso brincar com o que me aflige

Traço raso de um bom homem
Atrasado
Fraco
Irresponsável
Este sabe usar a favor sua hipocrisia

Essas mentiras confessas
Essas feridas abertas
Essas meias verdades sinceras

Antes que pareça tristeza
É poesia
Ao menos posso brincar com o que me aflige
E soa bem
Pois não sou de todo o mal
É o normal da poesia que eu escrevo

Precisa-se de Arte

Precisa-se de arte
Pois assim se alimenta o espírito
Seja falando de amor
Seja no relato do injusto de cada dia
Precisa-se de arte para mostrar a vida
No seu cotidiano
De forma incomum
Precisa-se de sensibilidade pra se mostrar o belo
Precisamos de artistas
Estes, os mais belos por natureza

Da natureza do sentir até mais que os outros
Da natureza do manter em pé as forças com gotas de inspiração

Precisa-se de uma mão de arte
Pra pintar as velhas paredes que cercam as almas
Precisa-se de uma mão de arte pra derruba-las
Pois precisa-se de mais almas livres
Precisa-se de mais corações

Mas é que às vezes precisa-se de mais razões pra ser artista
Mais que as próprias decepções
Às vezes precisa-se de uma saída
E essa porta a arte tem

Seja que por despedida ou seja na chegada
A chave dessa porta todos tem

Precisa-se de arte
Precisa-se de alguém
Com a sensível beleza do saber expressar
Sabedoria que não é preciso ter
Se souber deixar a arte falar e dizer o que precisa
Pois a arte precisa falar
Ela precisa de um artista

terça-feira, 28 de maio de 2013

Obrigado pelas boas risadas de sempre
como sempre você me faz bem
aprendi os extremos do amor contigo
prolonguei dramas por anos depois
Até entender que só amei
Pois odiei também
E é por tanto carinho
Que agradeço ao novo espaço que nos demos
Podendo ser toda essa alegria de antes
Toda essa alegria de sempre

sexta-feira, 24 de maio de 2013

É de um certo modo que prefiro não mentir
Me descrevo no discreto
Me expondo no indireto
Pois mesmo no coberto
O sincero não toma atalhos 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

respiro


sem choro sem nada
a poesia é feita disso

vai te ensinar a sofrer 
pois poesia é feita disso
aprendemos a conduzir o pouco do magoado que nos fica
aprendemos que é de repente que dizemos
pois é de repente que acontece
e parece triste
e parece bom
mesmo que seja alegre
é porque foi triste
e a tristeza precisa saber
que nós, poetas
transmitimos beleza
e com certeza aprendemos a nos dar o sorrir
com os versos
entre os tantos dos mais sinceros
que algumas vezes ousamos reler
pra ter certeza que acabou
que transcorreu por nossas palavras
a tristeza, triste ou feliz, que aconteceu
ser poeta é um pouco disso
é o só precisar escrever
sim
te gosto
te quero
e espero que passe
a vontade ou a saudade

275 km

Ai, você que me dá vontade de dizer
É tão bonito mexer com alguém
É um perigo esse bem
Pois ideias correm
E às vezes derrapam

Mesmo assim me dá vontade
De dizer que pode ser uma paixão
Mesmo assim me dá vontade
De te colocar em parte nesse perigo
Pois sou pista, pois sou chuva
E pelo teu piscar
Agora sou o acidente da tua ultima curva

Ai, você que me dá vontade de dizer
Que você me vontade de viver
Você
Que mais parece um sonho
Sonhei
Onde só eu sei a parte onde acordei
Não sei

Ai, você que me dá toda a vontade de dizer
Mas por dedicar-te tantos versos eu perdi a rima
E te deixei sozinha sem os meus dizeres
Te deixei na minha intenção de criar um refrão perfeito
Te lembrei como uma canção
Mas te coloquei num poema inteiro

terça-feira, 21 de maio de 2013

ame
mesmo que errado
se perceber
faça o contrario
mas não saia do amor
das formas e do sabor dele
Ah, se eu tivesse o seu beijo
Por um descuido seu qualquer
Um que simplesmente não me negasse o afeto
Que me desse o passear dos teus braços
Que conduzisse a dança dos nossos abraços
Que colocasse os teus olhos colados nos meus
Que trouxesse teus lábios até mim 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Me abrace

Meu sorriso te mostrará qualquer solução
Pois alegria fora da razão às vezes dá letra
E em um dia de incerteza também cabe
Eu também conserto
Questione se eu posso e eu te provo não poder
Mas o meu ousar fazer pode concretizar a ponte para o possível

Me abrace
Pergunte que eu te respondo calado
Com meu calor
Com o apertar
Com os meus laços
Que alguns outros preferem chamar de braços
Eu prefiro chamar-te e calar-te com carinho
Com abrigo
Com abraço

Acalma-te comigo
Mesmo com a mais íntima chuva
Guardo-te

Me abrace
Prefira se perder por segundos ou minutos melhores
Prefira abraços maiores
Escolha os meus
E se não quiser
Abrace
Se entrelace na alma de alguém

Covarde

Curar o que ?
O amor ?
Esse já é a cura.
O que dói não precisa ser chamado de amor, nem deve, nem é.
Precisa-se de decisão e não de alusões românticas.
Reformular o sentir pra continuar amando

Não se amargue achando que amar é sofrer e que não sofrer é fugir do amor
Fugir é o desnecessário
Quanto mais fugir mais vai culpar o amor
O seu amor covarde
Que não aprendeu a desamar o que não cabe mais como belo
Quando não há mais elos para amor
Morre a flor e se joga mais sementes
Antes que uma terra doente pareça ser teu coração.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Estranho

Por que desse estranho todo?
O que mexe comigo quando você passa?

E se é estranho o quanto estávamos bem
Diferente é entender que tudo passa
Do jeito que você passou por aqui

O que fica dos meus olhos é um olhar rápido na sua direção
Distância só resolve longe dos olhos

Às vezes é por nada que falamos besteiras
Fazemos sem cabeça o que precisávamos só pensar
Mas é nesse de achar um jeito
Que se perde a reta, a seta e um pouco da saúde

Embriaguez saudosa que se perde do controle do esquecer
Estranheza da aparente inalável forma de amar

Estranho de ver é lembrar que eu sempre caio no tropeço disfarçado da minha emoção
Estranha é você que não se perde de mim mesmo com tantos adeuses