Pôr do Sol

É, bela menina
Sem uma grande compreensão
Eu me pergunto varias vezes
Por que tantas perguntas?
O que faz sentido nesse tornado de loucuras?
Por que não enlouquecer sabiamente em busca desses novos frutos?

É, louca menina
É tudo novo demais
Comparado a antigos anos em que me recusaria
Convicto que tal incerteza não é seguro

É, moça decidida
Certeza não tenho mais de nada
Desnorteio-me ao lembrar
Até do seu modo de andar
Nos passos e caminhos onde nos encontramos

É, menina feliz
Teu sorriso me quebra as pernas
Me curvo diante da admiração embasbacada
Que não consigo disfarçar
Estampa-se logo na minha cara

É, doce menina
Que me incorpora sabor a vida
Me faz imaginar o gosto
Entre seus e meus gostos estranhos
Entre o charme pecaminoso da gula
Dos meus olhos e da tua boca

É, menina mulher
Me olha como quer
Penetra os olhos fortes na minha alma
Me descasca e me amarra
Em segundos uma troca de olhar
Não precisa dizer mais nada
Além das coisas que minha timidez tenta dizer gaguejando

É, menina distante
Quero correr contigo no melhor caminho
Quero te ver correr no horizonte
Em busca dos teus sonhos
E acalma-la nas noites confusas de pesadelo

É, menina presente
Não tenho do que reclamar
Minhas vontades são só minhas vontades
Na realidade satisfaço-me com um bom dia
E tenho apenas na sua atenção meus suspiros
Esperançosos na minha ambição sem maldade
E tenho no seu carinho sonhos verdes, azuis
Qualquer cor que eu disser que é feliz.


E enquanto tudo isso acontece só na minha cabeça
Vem chegando outra estação.