Olhe e venha

Não entendo a distância do teu beijo
Se tento um abraço mais ávido, esse me é negado com um tom de quem pede pra ficar
Confusas dúzias de vezes que eu pensei saber de você
Já desconfiei do teu sorriso
Já me enchi de risos achando que muitos deles eram pra mim
Já me decepcionei com isso
Já tentei inúmeras vezes nem ligar
Te deixar passar sem olhar
Mas de que jeito te deixaria me confundir ?
Um olhar assim me desmonta todo
Mantenho a pose pra que eu também possa brincar
Brincar de resistir
Um pique de seduz e disfarça
Onde eu corro no rastro de suas mechas
Qualquer carinho me traz a perfeita desculpa pra deslizar minhas mãos por sua nuca
Gostaria que fosse sua a vontade de me querer ver ficar
Me experimentar
Me falar que é verdade cada olhar
Pois bem imagino que quer também
Disfarço tão bem que nem pareço me apaixonar
Graça
Delicada
Se eu cantasse uma história rimada
Você seria donzela
Mas mal saberia do rapaz que tanto te presa
Que espera a festa que o coração faria se as cores se misturassem
Se as bocas se tocassem
Se os olhares finalmente falassem
Rapaz que te tem nas mais intimas conversas do seu pensar
Rapaz que imagina o beijo mais não sabe como o conquistar
Preciso te dar um capitulo diferente
Aquele que você queira escrever comigo
Uma cena em que você se permita o perigo de só estar na minha presença
Uma cena em que eu seria teu herói
Salvaria o desejo
E te mostraria que o para sempre  pode ser só um relance
Uma flechada no peito
É o teu peito que eu preciso acertar
Não sou tão príncipe não sou tão fera
Mas tenho a magia que toda princesa quer
Me quer ?
Se quer, vem !
Qualquer bom desfecho me faz querer começar de novo
Te encontrar de novo
Te olhar de novo
Te falar de novo
Não ficar nervoso
E tirar toda essa vontade só da minha imaginação