quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Copo de leite

Tens a especialidade de me curar
Me fazendo acreditar que sou rei de mim
Que posso sim dar amor 
Ser mais que flor, ser jardim 
Posso ser sim
Mas venha aqui me regar 
Trata-me com carinho e eu não conseguirei largar 
Embelezarei seu dia também
Mesmo se não cuidar 
O amor tá aqui
Deixe sua tristeza escorrer por mim e ir direto para o solo

Imploro que não te deixe 
Imploro que não te deixe 
Não há malquerer pra flores como você
Copo de leite 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Em especial a minha companheira
Parceira do meu peito aberto
Ela que não mede esforços
Ela aparece até na chuva que dá na alma as vezes
Ela que não faz cerimônia pra mudar a rota
Me trás sempre atalhos interessantes
Encontra-la é incerto
Mas ela é a visita das melhores horas
Minha amiga de infância
Te amo, Sorte !



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Descola

Não abandone seu espírito
Lembre-se da vontade plena de quando era criança
A vontade que te acompanhou todo esse tempo
A vontade do que parece ser glorioso pra você
Seu sonho
A vontade do seu espírito
Pois de um jeito é
É o que você quer
Então não se preocupe
O que quer mesmo
Sempre é

Do primeiro não
Chegue ao segundo
Que vida fácil é essa?!
Todos os gloriosos lutaram e sentiram as mesmas dores
Os que mentiram, os que falaram a verdade
Todos choraram

A criança se choca e perde o senso de bom
E o "tá bom" se  torna sequencia para os filhos
A criança se desgarra do espírito e vira adulto

Os desprazeres da vida são menores que qualquer alegria
Dê qualquer mimo pra alma não se soltar
Como arrancar o sorriso da sua avó
Se não tiver avós, arranque um sorriso de alguém
Garanto que tem o mesmo valor
Se for quem você é
Difícil, né?
Que vida fácil é essa?!

Não se perca nas promessas
Algumas vem cobrar
E te levam algo de bom
Algo que você não pode perder
Talvez
Não vou esperar pra saber
Se o que eu quero sempre é
Meu espirito não descola

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Menina com fone

Déborah procura alguém pra confessar sua tristeza
Aflita,  ela respira,  olha reto e  anda bem
Parece doce e intransponível
Déborah diverte os amigos
Ela sorri pra qualquer besteira que dizem
Eles não sabem
Déborah por muito já não está mais lá
Nem sempre ela disfarça o olhar perdido

Aquele ar despojado, aquelas caretas e facetas de quem é feliz
Todas as opiniões seguras e justas
Todas as loucuras e absurdos dela, caem bem
Caíram também
Como a primeira lágrima

Foi só verdade
A qual ela nunca conheceu
Não porque mentia
Suas mentiras não eram más
Mas quem vai acreditar que ela só sorriu para as verdades que não eram as dela?
Sorriu desprotegendo o peito
Se feriu por ser armadura de quem nem precisava lutar
Andar sangrando marca o chão, cansa
Ela decidiu andar cantando
Musicas que lhe fizessem gritar pra ninguém
Pois ela se cala
Eles não sabem
Déborah por muito já não está mais lá
Nem sempre ela disfarça o olhar perdido

Nem sempre ela está rindo
Nem sempre ela acha lindo
Nem sempre é ela que tem ombro
Nem sempre o peso é leve
Nem sempre amigos servem

Déborah acha possível
Mas vê o quanto está longe
O quanto tem que mudar
Senta na calçada e chora
A madrugada implora pra ela voltar
A seu sono tranquilo
Extinto por indecisões
Déborah queria recuperar os corações aranhados no caminho
Sempre há um ferido
Quem pode socorrê-la ?
Déborah é a primeira a dizer que não
Déborah sabe fingir melhorar
Eles não sabem
Déborah por muito já não está mais lá
Nem sempre ela disfarça o olhar perdido

Déborah segue o instinto
Déborah continua cantando