terça-feira, 16 de abril de 2013

Palmos e palmas

Lembrei de você com o ardor da minha saudade
Chorei por ser filho, por ser amor
Que às vezes parece se esvair quando o peito aperta
O desespero desconcerta a sanidade
Espanca o que parece justiça
A dor grita e o carinho se cala
Deixando-me ironizar a vida por alguns instantes

Enquanto houver chão
Vou pisar na desgraça de achar que devo sofrer
Enquanto a terra desce
Eu enterro a morte prematura do meu espírito

Vou te deixar nesse dia difícil
Vou me despedir e te levar comigo
Cada vez que o vento soprar
Saberei que é seu conforto de pai
Entenderei que o que se vai nem é o mais importante aqui
Onde tudo morre
Entenderei que ficar pra sempre vivo é uma questão de amor

Não vou te dar meu desanimo imediato por não tocar mais seus ombros
Levantarei os escombros e limparei a poeira
Vou te deixar ir na paz que me fez escolher ficar e ser forte
Vá!
Não vou fugir
Serei grato a toda sua servidão paternal
E quando eu me cansar de resistir
Vou te jogar no fundo de uma piada
E chorar sorrindo pra saudade
Pois se sempre te amei e sempre me deu amor
Não farei da dor caminho para momentos que eu não sofri pra viver

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